Análise: Palmeiras decepciona com muita correria e pouco futebol em eliminação

Mesmo com um mês de preparação, Verdão volta a exagerar em cruzamentos e mostra desorganização tática na partida contra o Barcelona de Guayaquil. Entrada de Moisés é alento.

 
 

         Cuca teve um mês de preparação desde a derrota no Equador, mas não conseguiu dar uma cara diferente ao Palmeiras na Taça Libertadores. 

    Se sobrou vontade para lutar por cada bola, faltou futebol para vencer o Barcelona de Guayaquil por mais de um gol de diferença no tempo normal e seguir na competição. 

        A derrota nos pênaltis e a consequente eliminação nas oitavas de final aumenta a instabilidade de um time sem identidade até o momento em 2017.

    A escalação de Dudu como armador (Guerra começou no banco) fez o Palmeiras acelerar demais as jogadas de ataque no primeiro tempo. 

    Não havia quem organizasse o time ou até mesmo segurasse a bola para a aproximação de volantes e laterais. Deyverson acabou ficando isolado. Retrancado, o Barcelona praticamente não levou sustos.

    A empolgação para buscar o segundo gol exibiu mais um problema da equipe: o distanciamento entre as linhas de jogadores. 

Enquanto atacava, o Palmeiras deixava um enorme espaço no meio de campo para o Barcelona aproveitar. Foi assim que Jonatan Álvez acertou a trave de Jailson em contra-ataque. Em seguida, foi a vez de Keno carimbar o travessão.

 

    Vale lembrar que a equipe sofreu duas baixas importantes durante a partida. Mina lesionou o pé esquerdo ainda no primeiro tempo e deu lugar a Edu Dracena, que teve dificuldades para encaixar a marcação no veloz ataque adversário. Dudu, com dores na coxa esquerda, saiu na etapa final. Guerra entrou, mas pouco fez.

Galo alcança "façanha" negativa contra bolivianos e mantém maldição do 1º lugar

Equipe é a primeira brasileira a não passar de uma equipe da Bolívia, após a fase de grupos, e aumenta lista dos melhores colocados que caíram nas oitavas

    O Galo foi eliminado após perder por 1 a 0 para o Jorge Wilstermann, na Bolívia, e ficar no empate sem gols, no Mineirão. Em quatro oportunidades, bolivianos e brasileiros haviam se encontrado em mata-matas na Libertadores, mas sempre as equipes do nosso país passaram pela frente.Em 1981, quando as semifinais eram disputadas em triangular com ida e volta, o Flamengo foi primeiro do grupo, deixando o mesmo Jorge Wilstermann em último lugar. 

    Em 1995, o Palmeiras eliminou o Bolivar nas oitavas de final. Quatro anos depois e na mesma fase, foi a vez do Corinthians passar pelo Jorge Wilstermann. A última vez que equipes dos dois países se enfrentaram, em mata-mata, foi em 2012. Na ocasião, o Santos passou pelo Bolivar nas oitavas.Foi a nona participação do Atlético-MG na Libertadores, cuja competição foi conquistada pelo clube em 2013. É a terceira vez que a equipe sai nas oitavas de final. Em 2014, caiu para o Nacional de Medellín, da Colômbia. No ano seguinte, foi eliminado pelo Internacional.

    Maldição do 1º lugar, o Galo terminou a primeira fase com a melhor campanha, conquistando 13 pontos. A eliminação nas oitavas manteve a maldição das equipes terminam em primeiro lugar na fase de grupos da Libertadores, desde que a competição passou a ser disputada com 32 equipes. 

Só o próprio Galo, em 2013, e o Nacional de Medellín, ano passado, conseguiram fazer a melhor campanha e terminar com o título.